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Para viajar com seu pet é importante saber que ele também precisa de documentação, assim como nós. Organize-se: avise a transportadora (companhia aérea, marítima ou terrestre) que pretende levar o seu bichano e pergunte quais são os seus requerimentos. Algumas exigem reserva antecipada de até 24 ou 48 horas, outras restringem o número de pets aceitos por trajeto, por isso não deixe para o último minuto.
No caso de viagens internacionais, entre em contato com a entidade representante do país no Brasil para não ter surpresas na alfândega.
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As regras podem variar também consoante o animal que pretende transportar. Mas, em linhas gerais, os documentos exigidos são:
Comprovante de vacina antirrábica: é obrigatória para animais a partir de três meses de idade e deve ser ministrada entre 30 dias e um ano antes da data da viagem. Na carteira de vacinação deverá constar o nome do laboratório, o fabricante da vacina, a data que foi aplicada e a validade e, principalmente, a assinatura do médico veterinário.
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Atestados de sanidade do animal: duas vias deste documento devem ser assinadas por um médico veterinário com registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária. Guarde uma das vias e entregue a outra para a companhia aérea na hora da viagem. Devem ser emitidas no máximo 10 dias antes da data da viagem.
Certificado de aclimatação: algumas companhias aéreas pedem este tipo de certificado, que, simplificando, é um documento que indica se o seu bichano aguenta temperaturas extremas. Animais de determinadas raças que não estão acostumados ao frio ou calor intensos podem sofrer, ou até mesmo falecer, enquanto esperam para serem despachados no porão do avião ou dentro do mesmo. A maioria das companhias aéreas possui restrições para assegurar a saúde do animal.
Além destes, para viagens internacionais também podem ser necessários os seguintes documentos:
Certificado Zoossanitário Internacional (CZI): é adquirido através do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), órgão vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). É necessário fazer um novo CZI para voltar ao Brasil, tirado através das entidades locais. (Atualização: a partir de 2014, o CZI se transformou em Certificado Veterinário Internacional – CVI -, que atua juntamente com o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos. Saiba como tirar estes documentos.)
Laudo de sorologia antirrábica: para entrada em países da Europa, Japão e viagens pela companhia aérea Emirates. Deve ser emitido no Laboratório de Zoonoses ou no Laboratório Pasteur, 90 dias antes de embarcar.
Comprovante de microchipagem ou tatuagem: feita para fins de rastreabilidade, é exigido na União Europeia e outros lugares do mundo.
Dar sedativo também pode ser exigido por algumas empresas ou você mesma pode decidir fazer para que o animal não sofra estresse excessivo na hora do embarque, independentemente se for como bagagem de mão ou despachado no porão. Segundo o veterinário Dr. Marcelo Ruiz, da Clínica Veterinária Paulista, o remédio em gotas deve ser ministrado de acordo com o peso: uma gota por quilograma.
Bagagem de mão ou no porão?
Antes de mais nada é fundamental que o seu pet esteja treinado a ficar na caixa de transporte e já esteja acostumado a ficar lá algum tempo. Algumas viagens podem ser bem longas e ele não poderá sair de lá durante o trajeto.
Cada transportadora tem o seu requerimento. Na LATAM, por exemplo, os animais domésticos são aceitos na cabine dos passageiros, exceto em voos com destino a Londres e na área de primeira classe, desde que o peso do animal somado ao peso da caixa de transporte (também conhecida como kennel) seja de até 10 quilos. Você poderá tirar o cinto de segurança e se movimentar pelo avião, mas o animal deve permanecer na caixa. Já a Gol despacha sempre, e se o peso ultrapassar 30 quilos o seu amiguinho viajará como carga pela Golog.
Todas as transportadoras exigem caixa de transporte em material resistente, em bom estado e à prova de vazamentos. Só as medidas variam de empresa para empresa, mas você deve ter em atenção o conforto do seu amiguinho. Como ele terá que ficar lá dentro durante toda a viagem – e mesmo na sala de embarque -, a caixa deve ser pequena o suficiente para que, caso ele vá como bagagem de mão, caiba debaixo do assento localizado à sua frente. No entanto, deve ser larga o suficiente para que o pet possa dar uma volta em torno de si mesmo, deitar e ficar de pé naturalmente.
Também deve ter espaço para a água e a ração. Os funcionários não darão alimento para os animais tanto em viagens nacionais quanto internacionais; o fornecimento de água no caso de transporte no porão só ocorrerá com autorização por escrito do responsável.
Todas as companhias aéreas cobram uma taxa pelo embarque de seu animal. O valor vai depender do peso do animal (conta como bagagem extra) e, caso se aplique, das taxas internacionais. Veja alguns exemplos, para viagens nacionais:
LATAM: R$ 90 + peso da caixa e do pet, multiplicado por 0,5% da tarifa cheia do trecho a ser voado.
Gol: R$ 90 + peso da caixa e do animal, multiplicado por 1% da tarifa. Há limite de dois animais por voo.
Azul: R$ 100 fixos. O pet pode ter até cinco quilos e viaja sempre com o dono. Os limites da caixa de transporte são: 43 x 31,5 x 20 centímetros.
Animais banidos
Algumas raças merecem cautela na hora de embarcar. Cachorros de focinho curto como pug, bulldog e chow chow estão suscetíveis a variação de clima, que pode agravar no caso da elevação da temperatura corporal causada pelo estresse e levar a hipertermia.
Muitas companhias aéreas não permitem o embarque desses animais quando a temperatura está acima dos 23 ºC. Na empresa American Airlines, por exemplo, os animais estão proibidos de embarcar quando o clima estiver acima dos 29,5 ˚C ou abaixo de 7 ˚C; a United Airlines proíbe o seu transporte entre 1 de junho e 30 de setembro e a Gol não aceita raças delicadas em qualquer época do ano.
A preocupação em relação ao calor não se restringe somente aos cães. Algumas raças de gatos também não estão autorizadas a viajar quando a temperatura estiver acima de 21º graus, como burmês, persa, exótico e himalaio. Muitas transportadoras não avisam sobre esse detalhe em seus sites, por isso peça informação diretamente.
É importante notar que alguns países proíbem a entrada de pets, sobretudo se forem exóticos, ou então obrigam um período de quarentena na alfândega, em que os bichinhos passam por exames veterinários. As entidades representantes do país para onde for viajar saberão informar sobre as regras alfandegárias.
Viagens de carro
Acostume o bichano a andar de carro aos poucos, antes do trajeto mais longo. Mantenha-o alimentado e hidratado e nunca o submeta ao calor extremo ou a receber sol direto. Faça paradas para que ele (e você!) possam fazer xixi e esticar as pernas. Não deixe o seu pet sozinho no carro.
Gatos e cachorros devem ir dentro da caixa de transporte ou presos no cinto do banco de trás através de uma coleira peitoral, e nunca com a cabeça de fora da janela (você estará sujeita a multas e perda de pontos na carteira). Dê amor e transmita calma ao seu pet: ele merece curtir a viagem tanto quanto você.